A OBRA DE PADRE ALBINO


Padre Albino, do alto de sua bondade e benemerência, inaugurou uma enorme quantidade de instituições que beneficiaram a população de Catanduva e região nas áreas da saúde, educação e assistência social.

Após o falecimento de seu patrono, a Fundação Padre Albino, através de seus conselheiros, segue até hoje ampliando sua obra e aumentando ainda mais seu legado e tradição.
Colégio Catanduva

O Ginásio Catanduva começou a funcionar em junho de 1939, ocupando o prédio onde funcionava, até então, uma fábrica de sabão. Poucos acreditaram no êxito da arriscada empreitada a que se lançava um advogado e educador, Pedro Além Junior, vindo de Ribeirão Preto. Em dezembro de 1939, quando foi requerido o reconhecimento, o Ginásio Catanduva contava com seis alunos. Em janeiro do ano seguinte foi autorizada a realização dos exames de admissão.

Em 1941 foi fundada a Faculdade Comercial de Catanduva, anexa ao ginásio, depois transformada em Escola Técnica de Comércio. Em 1945 instalou-se o Curso Técnico de Contabilidade; em 1948 foi criado o Ginásio Noturno de Catanduva e em 1950 era fundada a Escola Normal Livre de Catanduva, depois Escola Normal Particular Livre de Catanduva, ao mesmo tempo em que se iniciava o Grupo Escolar Municipal de Catanduva.

Em 1958 foi fundado o Colégio Catanduva, que começou a funcionar com a primeira série do Curso Científico. A frente da escola, que era pela Rua Brasil, passou a ter entrada pela Rua Pará, no prédio construído na esquina com a Rua Aracaju.

Em meados dos anos 60, alguns novos ginásios estaduais foram criados na cidade, o que diminuiu o número de alunos no “Catanduva”. O curso Científico foi encerrado, o curso Normal tinha poucos alunos e no final da década foi encerrado o Ginasial, ficando somente o tradicional Curso Técnico de Contabilidade.

Na década de 1970 a Fundação Padre Albino solicitou ao Conselho Federal de Educação a instalação de mais faculdades. No entanto, para que fossem aprovadas, havia necessidade de um bom local para funcionamento. Sabendo disso, os Irmãos Além entraram em contato com os Conselheiros da Fundação e apresentaram uma proposta que poderia solucionar o impasse. Venderiam a Escola Técnica de Comércio por preço simbólico, fariam um contrato de comodato para utilização dos bens móveis existentes no prédio da esquina das Ruas Pará e Aracaju e fariam um outro contrato de locação do referido prédio.

As sugestões foram aceitas e o negócio realizado em 1970. O Curso Técnico  continuou funcionando com o nome de Colégio Comercial Catanduva, tendo o Prof. Milton Silva como seu diretor. Com a aprovação do MEC, a Faculdade de Administração de Empresas passou a funcionar nesse mesmo prédio, mudando-se mais tarde para o prédio da Rua Seminário, no São Francisco.

No prédio do São Francisco, o curso técnico funcionava à noite, com novo diretor, o Dr. Ary Rodrigues Alves. Reorganizou-se o Ensino de 1° grau, incluindo-se o Infantil. Em 1996, tendo como Diretora a Profª Olga Maria Bicudo, o Colégio Catanduva foi transferido para o prédio da Rua Monte Aprazível, na Vila Guzzo (antigo prédio da Faculdade de Medicina), onde se encontra atualmente. Com a desativação, por lei, em 1998, do curso de Contabilidade, o nome passou a ser Colégio Catanduva.

O Colégio Catanduva oferece hoje Ensino de Educação Infantil, Fundamental e Médio e habilitação profissional de nível médio de Técnico em Enfermagem.

Início Anos 70 - Faculdade Medicina de Catanduva
Início Anos 70 - Faculdade Medicina de Catanduva
UNIFIPA / Faculdade de Medicina de Catanduva

Em meados da década de 1950 os catanduvenses ansiavam pela instalação de um curso superior tendo em vista que seus filhos, após terminarem principalmente os cursos clássico e científico, precisariam buscar formação específica em outras cidades. Como não poderia deixar de ser, foi ampla a repercussão alcançada pela notícia do desejo da criação da Faculdade de Medicina de Catanduva.

Abriram-se, então, duas frentes. Uma para se encaminhar o processo de criação e a outra para se conseguir um local para instalação. Dr. Michel Cury, juntamente com outras pessoas influentes, se encarregaram da parte burocrática e Monsenhor Albino, com o apoio da impressa, em conseguir as cotas do Hospital das Clínicas. Esse hospital, que teve sua pedra fundamental lançada em 15/11/1951, foi tentativa de um grupo de médicos locais e outros empreendedores de dotar Catanduva de mais uma unidade hospitalar de grande porte.

Em 04/12/1967 foi assinado Termo de Compromisso entre o Hospital das Clinicas S/A e a Associação Beneficente de Catanduva onde a primeira, pelos seus diretores e acionistas, se comprometia a doar o prédio e a segunda em transformar-se em Fundação, o que aconteceu em 27/03/1968.

Em 06 de junho de 1.969, o Conselho Federal de Educação (CFE) autorizou o funcionamento da Faculdade de Medicina de Catanduva e a primeira turma foi iniciada em 1970. No dia 01 de outubro de 1.974, antes mesmo de formar a sua primeira turma, a Faculdade de Medicina de Catanduva obteve seu reconhecimento através do Decreto Federal nº 74.630.

No final da década de 1970, o Hospital Emílio Carlos, do Governo do Estado de São Paulo, destinado ao tratamento da tuberculose, foi desativado em função de mudanças ocorridas nas políticas de saúde pública da nação. A Fundação Padre Albino, em 1982, conseguiu do Governo Estadual a cessão do prédio, com cerca de 33.000 m2 de área construída.

Em 1983, a FAMECA transferiu-se para o novo prédio e, dois anos mais tarde, iniciou-se a reativação do Hospital Emílio Carlos com a abertura dos ambulatórios de ensino e das enfermarias de clínicas. A partir de então, a Faculdade de Medicina de Catanduva passou a ter dois Hospitais-Escola – o Hospital Padre Albino e o Hospital Emílio Carlos.

A integração das faculdades da Fundação Padre Albino começou a ser discutida pela Diretoria Administrativa em 2004 e nesse mesmo ano foi contratado o Prof. Dr. Antonio Carlos de Araujo, que passou a coordenar o Núcleo Gestor de Educação da Fundação Padre Albino.

Toda a documentação foi preparada e encaminhada ao Ministério da Educação e no dia 12 de abril o Diário Oficial da União publicou a Portaria nº 301, de 11/04/07, autorizando a integração das faculdades da Fundação Padre Albino, que se transformaram em Faculdades Integradas Padre Albino – FIPA, com os cursos de Administração, Direito, Educação Física, Enfermagem e Medicina.

O núcleo organizacional e administrativo da Fipa – Direção Geral, Secretaria Geral, Congregação, Colegiado de Coordenadores e os Núcleos Acadêmicos - foi instalado numa das alas do prédio do Hospital Emílio Carlos. Posteriormente o Ministério da Educação, através da Portaria nº 608, de 28/02/05, aprovou a criação do Instituto Superior de Educação – ISE Padre Albino na Escola Superior de Educação Física e Desportos de Catanduva (Esefic).

O Instituto Superior de Educação é uma modalidade de ensino que prepara professores para o ensino básico, ou seja, são as chamadas Licenciaturas, tais como Português, Matemática, Inglês, Química, entre outras. A Esefic também formava professores de Educação Física e pela LDB 9394/96, que determina a formação de professores somente pelo Instituto Superior de Educação, era necessário que ela tivesse o Instituto para graduar seus profissionais para o ensino. Em 15 de abril de 2008 as Faculdades Integradas Padre Albino receberam os alunos do turno noturno do curso de Educação Física que, juntamente com os alunos do matutino, passaram a ter aulas teóricas no Câmpus Sede. As aulas práticas continuaram no Conjunto Esportivo, por mais algum tempo, pois as instalações para essa finalidade estavam em fase de projeto e seriam construídas no Câmpus Sede, para onde foi transferida a secretaria do curso, ficando no Conjunto Esportivo uma subsecretaria para atendimento aos alunos.

No dia 29 de maio de 2010, o curso de Educação Física deixou as instalações do Conjunto Esportivo Municipal. O curso ocupava aquelas instalações desde sua instalação, em 1973.

Os cursos de Biomedicina e Pedagogia foram instalados em 2012, autorizados pelo MEC através das Portarias nº 1.865, de 10/11/2010, e nº 162, de 14/01/2011, respectivamente. O Diário Oficial da União do dia 1º/08/14 publicou a Portaria nº 441, de 31/07/14, reconhecendo o curso de Biomedicina e no dia 31/07/14 publicou a Portaria n 427, de 29/07/14, que reconheceu o curso de Pedagogia.

No dia 06/12/2017 o Diário Oficial da União publicou a Portaria nº 1.519, de 05/12/2017, com a homologação do Parecer nº 482/2017 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação com o credenciamento do Centro Universitário Padre Albino – UNIFIPA, por transformação das Faculdades Integradas Padre Albino (FIPA).

Na manhã do dia 8 de janeiro, no Complexo Esportivo “Prof. Ivo Dall’Aglio, no Câmpus Sede, a UNIFIPA – Centro Universitário Padre Albino lançou sua nova logomarca e anunciou para 2018 dois novos cursos: Agronomia e Ciências Contábeis.







Igreja Matriz São Domingos de Gusmão

Igreja Matriz São Domingos de Gusmão

Em seu segundo ano em Catanduva, 1919, Padre Albino iniciou as obras da Igreja Matriz. Antes, passou longos dias e meses em profunda meditação, estudando bem o ambiente, prevendo o futuro da paróquia e planejando os moldes da obra. Em seguida, chamou um competente engenheiro que transcreveu os seus desejos para o papel, fazendo a planta que apresentava um templo belo e condigno para ser “a Matriz de Catanduva”.

Para aquela época, a igreja parecia ser muito grande, já que Catanduva contava com poucos residentes. No entanto, durante o decorrer do tempo, todos viram que Padre Albino, com o seu olhar visionário, acertou em suas previsões de crescimento e prosperidade para a cidade. Ao começar a obra da construção da Matriz, pediu orientação ao Bispo Diocesano de São Carlos, D. José Marcondes Homem de Mello.

D. Marcondes determinou o local e o tamanho do templo, mas quanto à localização, o povo não concordou. Surge então a primeira dificuldade que Padre Albino teve que conciliar e resolver. Alguns queriam que a igreja fosse construída no quarteirão acima, onde hoje é a Praça 9 de Julho. O Bispo queria no quarteirão onde se encontra atualmente. Por intermédio de Padre Albino o entrave foi resolvido.

A construção do templo começou pelos alicerces da capela-mor e as desconfianças quanto ao tamanho da igreja vieram à tona novamente com os alicerces visíveis a todos. Muitos achavam uma loucura construir igreja daquele tamanho. Padre Albino, como sempre, sereno, amável e humilde, dialogou com a sociedade e convenceu a todos.

Começou, então, a luta pela arrecadação para a concretização do sonho da Igreja Matriz de Catanduva. Pelas ruas da cidade e em sítios; debaixo de sol ou chuva; a pé, a cavalo, de carro; de dia e de noite, passando fome e sede, Padre Albino se empenhou ao máximo para finalizar as obras. Com muitas dificuldades, conseguiu. Com a colaboração do povo, assim, em 1925, terminou a obra para espanto de todos.

Com o término das obras eram necessárias a finalização interna com a decoração e mobília. Por indicação do primeiro juiz de direito, Dr. Mergulhão Lobo, Padre Albino contratou Benedito Calixto para executar a pintura de quadros para compor o interior da igreja.

Em 7 de fevereiro de 1925, Calixto veio até Catanduva e fez o levantamento dos espaços que teria à sua disposição, iniciando em São Paulo e Itanhaém a pintura das telas que representam personagens e passagens bíblicas. A colagem das obras foi feita com tanta precisão e arte que parecem pintadas diretamente no local.

Bem no centro e no teto da Igreja está o quadro de São Domingos de Gusmão, Padroeiro de Catanduva, recebendo das mãos de Nossa Senhora o Santo Rosário. Já nas laterais da Igreja, iniciando pelo lado esquerdo, no batistério, São João Batista batizando Jesus, depois os profetas Elias e Ezequiel e os santos apóstolos Pedro, André, Tiago Maior, João, Felipe e Bartolomeu. Pelo lado direito os Evangelistas Lucas e Marcos e os santos apóstolos Matias, Simão, Judas Tadeu, Tiago Menor, Mateus e Tomé.

Em 1965, devido ao grande acervo em um só lugar (19 telas) das obras de Benedito Calixto e um autorretrato do pintor, a Matriz de Catanduva passou a integrar o roteiro turístico do Estado de São Paulo. Essa conquista foi em grande parte atribuída a Padre Albino, o que antes parecia loucura do sacerdote hoje faz parte do patrimônio cultural de Catanduva e do Estado.

Com a morte de Padre Albino, em 1973, as autoridades passaram a cogitar a construção de um monumento para eternizar a memória e suas conquistas.

Em 25/01/1977 foi inaugurado, às 11h30, a estátua em bronze de Padre Albino, esculpida pela artista italiano Renato Brunello. Ao lado da obra foi colocada uma placa também em bronze com o texto: “A inesquecível memória de Padre Albino Alves da Cunha e Silva, natural de Codeçoso, Conselho de Celorico de Basto, Província do Minho, Portugal, vindo para Catanduva aos 28/4/1918, aqui falecido aos 19/9/1973, e onde, com fé inabalável e perseverante labor, deixou monumental obra de benemerência: Igreja de São Domingos, Hospital Padre Albino, Lar dos Velhos, Colégio N. Senhora do Calvário, Casa da Criança “Sinharinha Netto”, Lar Ortega-Josué, Faculdade de Medicina, Faculdade de Administração de Empresas, Escola Superior de Educação Física e Desportos, Colégio Comercial - a merecida homenagem de Catanduva e Região. 25/1/1977”.

Em 2010, a praça onde a Igreja Matriz se localiza passou por uma reforma e foi reinaugurada um ano depois. O projeto arquitetônico ficou a cargo da arquiteta e paisagista Rosa Kliass, que primou pela valorização da Igreja Matriz como paisagem para contemplação e "respiro" na área urbana de Catanduva. A igreja ganhou novas cores em tons pastéis e areia. Já a iluminação externa foi projetada pela arquiteta catanduvense Neide Senzi.

Em 18 de dezembro de 2011 um sarcófago foi instalado na Igreja Matriz para o recebimento dos restos mortais de Padre Albino. A exumação do corpo fez parte de uma das etapas do processo de sua beatificação. O sarcófago encontra-se do lado esquerdo do altar principal da igreja com as inscrições “Servo de Deus – Albino Alves da Cunha e Silva – Presbítero Diocesano”. Enquanto era vivo, Padre Albino havia manifestado para os mais próximos o desejo de ser sepultado no interior da sua obra mais representativa.

As missas são realizadas periodicamente de terça a sexta-feira às 19h30, aos sábados às 19h00 e aos domingos às 8h00, 18h00 e 19h30. Já a igreja fica aberta todos os dias a partir das 08h00 para a visitação.

Museu Padre Albino
Museu Padre Albino
Museu Padre Albino

Criado em 28/05/1997, pelo Conselho de Curadores, o Museu Padre Albino foi inaugurado no dia 14 de setembro de 1999, às 20 horas, na Rua Ceará, 1045, com o objetivo de manter viva a memória de seu patrono, preservando e atualizando o acervo existente através da incorporação de novas peças, depoimentos e documentos.

O Museu Padre Albino é composto pela Sala da Imprensa e Autores catanduvenses, reunindo jornais, revistas e obras de autores locais; uma pinacoteca, com telas que contam a vida de Padre Albino; a Sala Monsenhor Albino, com grande quantidade de peças ligadas à vida dele, e a Sala Catanduva, reunindo pessoas ligadas à Fundação Padre Albino e a história de Catanduva.

Posteriormente, a área física do museu foi reformada para recebimento do acervo de Padre Albino que pertencia ao Museu Histórico e Pedagógico “Governador Pedro de Toledo” e foi doado pela Prefeitura Municipal através da sua Coordenadoria de Cultura, em solenidade realizada dia 19 de abril de 2002.

O museu possui também uma hemeroteca especializada sobre a história da cidade, sendo fonte de consultas e pesquisas para estudantes interessados. O museu funciona de segunda a sexta-feira, das 7h00 às 11h00 e aos sábados das 7h00 às 11h00, com entrada grátis e visitas monitoradas.

Ano 1930 Hospital Padre Albino 058 Ano 1956 Maternidade do Hospital Padre Albino
Ano 1930 - Hospital Padre Albino | Ano 1956 - Maternidade do Hospital Padre Albino
Hospital Padre Albino

Quando Padre Albino iniciou a construção da Igreja Matriz e suas peregrinações pelos bairros, sítios, fazendas e localidades vizinhas solicitando donativos, observou de perto as necessidades dos mais pobres e as dificuldades de locomoção em casos de internações médicas.

Pensando nesses desfavorecidos decidiu construir uma Santa Casa, ao mesmo tempo em que seguiam as obras da igreja. Padre Albino conseguiu uma grande área em doação, através do Sr. João Augusto Marrar. Uma comissão da qual, entre outros, faziam parte os senhores Adalberto Bueno Netto, Silvio Salles, Dr. Georgino Coura, José de Oliveira Pinto, Dr. Francisco de Araújo Pinto, Ernesto Ramalho, Dr. Nestor Sampaio Bittencourt, José Pedro da Motta, Dr. José Prado, Joaquim Alves da Silva Figueiredo, Ramon Sanches e João Augusto Marrar, promovia reuniões e buscava ajuda.

Como os encargos para o funcionamento da Santa Casa seriam pesados para a administração de uma só pessoa foi criada a Associação Beneficente de Catanduva. A primeira diretoria da associação, tendo o Sr. Ricardo Lunardelli como presidente, decidiu nomear a Santa Casa de “Hospital Padre Albino” e que seus diretores nada recebiam pelo seu trabalho, ou seja, era voluntários como acontece até hoje.

Para auxiliar, tanto no atendimento hospitalar como na assistência humanitária e religiosa, Padre Albino solicitou a vinda de algumas irmãs de caridade da cidade de Araraquara. Em 01/12/1930 chegavam quatro irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição: a superiora, Stefânia, Reginalda, Anna e Blanca. Com o passar dos anos outras tantas se juntaram ao trabalho de doação e amor ao próximo.

No entanto, o prédio inicial já começava ficar pequeno, pois pacientes de toda a região vinham buscar atendimento médico. Por isso começaram as construções dos anexos. Para atender convenientemente as gestantes foi construído, em princípios de 1956, o prédio da Maternidade, na esquina das Ruas 13 de Maio e Belém, e para atendimento das crianças foi construído o Pavilhão Infantil, na esquina das Ruas Belém e Maranhão, que começou a funcionar em 1966.

A construção do Pavilhão “Governador Laudo Natel”, com subsolo, térreo e cinco andares, foi iniciada em 1970 pela necessidade de aumentar a área de atendimento, pois a chegada de pacientes de toda região crescia dia a dia. Ele foi construído graças aos esforços iniciais de Padre Albino junto ao Governo do Estado, conseguindo a liberação de verbas no valor de cerca de 60% do total da obra.

O pavilhão foi festivamente inaugurado no dia 26/06/1976, quando o hospital completava 50 anos de existência, mas infelizmente Padre Albino, o grande idealizador, já não estava mais vivo na inauguração.

O interesse do Padre Albino pelos doentes era tanto, independentemente da sua condição social, econômica ou religiosa, que chegava a exigir internação, mesmo que as irmãs responsáveis pelo atendimento dissessem não haver mais vagas. Para comprovar essa seriedade, segue abaixo um bilhete endereçado à irmã encarregada do hospital e que dizia o seguinte:

‘’Irmã, todo doente pobre, homem, mulher e criança que procurar este hospital deve ser logo internado em suas enfermarias, quer tenha ou não receita. Se estiver muito mal, chamar logo o respectivo médico. Se não estiver, internar e deixar que o médico o veja no dia seguinte. Se for criança, no horário do Posto de Puericultura estar aberto, mandal-o, se não estiver aberto internal-o.’’ Catanduva, 20 de abril, de 1967. Pe. Albino Alves da Cunha e Silva.

Hoje com mais de 78% de seus leitos dedicados ao SUS e hospital escola dos cursos de Medicina e Enfermagem do Centro Universitário Padre Albino, o hospital é referência na região.

Hospital Emilio Carlos
Hospital Emílio Carlos
Hospital Emílio Carlos

Em 23 de março de 1950 encerrou-se, na Secretaria de Viação e Obras Públicas do Estado, a concorrência para a construção do Hospital de Tuberculosos de Catanduva. Os trabalhos logo se iniciariam, mesmo com as restrições de pessoas que temiam por surtos de doenças na cidade. Graças aos esforços dos políticos da época, vários obstáculos foram superados e o prédio construído em área de 12 alqueires à margem esquerda da estrada para Pindorama, a 2 km do centro da cidade. O Hospital Regional de Tuberculosos de Catanduva foi oficialmente inaugurado em 11 de junho de 1960.

Para tomar conta do Hospital Emílio Carlos e dirigir os trabalhos de recuperação dos doentes vieram para Catanduva as Irmãs do Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, que permaneceram até a desativação do hospital.

O hospital foi reativado em 05/04/83 para atendimento ambulatorial em diferentes especialidades e passou a ser administrado pela Fundação Padre Albino. Em 27/01/86 foram implantados os setores de internação destinados ao Sistema Único de Saúde – SUS.

Hoje o hospital conta com 143 leitos de internação, sendo 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva - UTI e 01 leito de Hospital Dia e 08 leitos para internação em moléstias infectocontagiosas e é referência para Catanduva e região, pois dispõe de ambulatórios com 38 consultórios, distribuídos nas seguintes áreas: Ortopedia, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Clínica Cirúrgica, Clínica Médica, Clínica Pediátrica, Psiquiatria, Dermatologia, Moléstias Infecciosas, Anestesiologia, Cardiologia, Cirurgia Geral, Gastrocirurgia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Clínica Médica Geral, Clínica Vascular, Cirurgia Torácica, Dermatologia, Endocrinologia, Endoscopia, Gastroenterologia, Ginecologia, Hematologia, Aconselhamento Genético, Infectologia, Nefrologia, Neurocirurgia, Neurologia, Obstetrícia, Oncologia, Pneumologia Geral, Reumatologia, Urologia e Geriatria.

Em 1991 o ‘’Emílio Carlos’’, com 150 leitos para Clínica Médica e Psiquiatria, já mantinha os serviços de Unidade de Moléstias Infectocontagiosas com 10 leitos, vários laboratórios e em fase de construção do Centro Cirúrgico.

Apesar das constantes dificuldades e com recursos próprios, a ala de Pediatria do Hospital Emílio Carlos foi inaugurada no dia 14/11/1994, com capacidade para 30 leitos. Posteriormente, a Pediatria foi transferida para o Hospital Padre Albino.

Contando com a contribuição dos médicos e de recursos da Secretaria de Estado da Saúde, a Fundação Padre Albino construiu, a partir de 1997, um moderno Centro Cirúrgico, com 880 m² de área total e com capacidade de realização de pequenas, médias e grandes cirurgias em praticamente todas as especialidades médicas, pois é dotado dos mais modernos equipamentos.

Registrando média de 4.880 atendimentos por mês em seu Ambulatório de Ensino, o Emílio Carlos, com seus 3.200 m² de área construída, disponibiliza todos os seus leitos para o SUS.

Padre Albino Saúde
Padre Albino Saúde
Padre Albino Saúde

Há muito tempo amadurecia a ideia entre os diretores e conselheiros da Fundação Padre Albino de ter o seu plano de saúde, o que foi concretizado em 20 de dezembro de 2001 com a inauguração do Padre Albino Saúde, que iniciou suas atividades em 04 de janeiro de 2002, em prédio próprio na Rua Maranhão, 1137, no centro de Catanduva.

O PAS comercializa produtos individuais/familiares, coletivos por adesão e empresariais com vínculo nas segmentações ambulatorial hospitalar com obstetrícia, nas acomodações standard e executivo.

Através de decisão de 09 de março de 2010, publicada no Diário Oficial da União de 11 de março de 2010, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS decidiu pela submissão da Fundação Padre Albino ao artigo 34 da Lei nº 9.656/98, ou seja, a Fundação Padre Albino deveria adequar-se a tal regra, com a separação das demais atividades, o que inicialmente foi suspenso em razão de decisão liminar obtida pela Confederação das Santas Casas de Misericórdias do Brasil - CMB, que posteriormente foi revogada.

Assim, em 2016, a Fundação Padre Albino adotou todas as providências exigidas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, para a segregação das atividades, notadamente a criação de nova operadora. Em 27 de janeiro de 2017 foi expedido ofício nº 014/2017/GGREP/DIPRO/ANS, autorizando a alienação da carteira de produtos da operadora Fundação Padre Albino – Reg. ANS 413399 para a Associação Padre Albino Saúde – Reg. ANS 420158. Em 1º de março de 2017, a carteira de clientes da operadora Fundação Padre Albino – Reg. ANS 413399 foi integralmente transferida para a operadora Associação Padre Albino Saúde – Reg. ANS 420158, que efetivamente começou a operar nessa mesma data.

023 Ano 1941 Villa Vicentina
Ano 1941 - Villa Vicentina
Vila São Vicente

Para atender as famílias necessitadas, sem local certo para morar, foi iniciado em 1933, por um grupo de pessoas, movimento filantrópico, com o consentimento e orientação do Padre Albino e o entusiasmo do promotor recém-chegado, Dr. Francisco Camargo Penteado, que já havia contagiado muitos cidadãos, para construção da Vila São Vicente.

Presidente escolhido, Dr. Francisco já contava com o seguinte auxilio: 50.000 tijolos, quatro casas, Rs 3:000$000 e um terreno para construção de 24 casas para abrigar 68 famílias.

No dia 05/03/1934 foi inaugurada a “Villa Vicentina” com a entrega das seis primeiras habitações, formadas por dois cômodos grandes e uma cozinha com fogão com chapa, água encanada, banheiro, serviço sanitário e luz elétrica. A bênção foi dada pelo Pe. Albino.
089 Ano 1971 Casa da Criança Sinharinha Netto
Ano 1971 - Casa da Criança Sinharinha Netto
Casa da Criança Sinharinha Netto

No início de 1936, seguindo as orientações da Igreja, Pe. Albino movimentou a comunidade católica local organizando quatro grupos da Ação Católica para fazer ‘’accordar dentro de cada um o espirito christão de fraternidade, de bondade e de amor’’, bem como ‘’fundar instituições onde se alivie o soffrimento humano, se socorre aos necessitados, se beneficia as classes humildes, se ampare os desprotegidos da sorte’’.

Um desses grupos formados na ocasião foi o da Liga Feminina de Ação Católica que teve a ideia da fundação da Assistência a Infância, com consultas gratuitas e orientações de regimento alimentar dadas por médicos pediatras, distribuição de leite pasteurizado e uma creche para crianças abandonadas e para recolher, durante as horas de trabalho, os filhos das mulheres pobres que viviam de emprego.

Para a concretização da obra, a diretoria da Liga Feminina da Ação Católica, formada por senhoras como D. Sinharinha Netto, Nair Vasconcellos, Esther Bittencourt e Cândida Fadigas, com a orientação do Pe. Albino, adquiriu do Sr. Ramon Sanches, para a futura creche, o prédio que pertenceu ao Dr. Raymundo Cândido de Mergulhão Lobo. Porém, como a casa estivesse já há tempos abandonada, foi necessário fazer uma reforma. A Casa da Criança começou a funcionar no início de 1942.
039 Lar Ortega Josué
Lar Ortega Josué
Lar Ortega e Josué

Homem incansável e realizador, Padre Albino pretendia que em Catanduva houvesse um local para abrigar meninas órfãs. Semente lançada, logo começaram a surgir os frutos e um terreno de 2000 m², escritura passada em 26/04/1934, foi doado por Ricardo Lunardelli, Nazareno Donini e Pedro Celli, no Higienópolis, nas vizinhanças do local onde estava sendo construído o “Colegião”.

Deveria ser um prédio de bom tamanho para abrigar muitos necessitados. Sua pedra fundamental foi abençoada pelo Bispo D. Lafayette Libanio em 09/07/1935 e o nome escolhido foi “Lar Ortega-Josué’’, em homenagem aos dois jovens catanduvenses, Antonio Ortega de Haro e Josué Grande, que perderam a vida durante a revolução Constitucionalista de 1932.

O prédio do Lar Ortega e Josué foi inaugurado no dia 28/12/1953, pela manhã. A inauguração oficial ocorreu durante o ano seguinte.
017 Anos 40 Predio Accao Catholica Coleginho
Anos 40 - Predio Accao Catholica – Coleginho
Coleginho

O prédio da Ação Católica, bem amplo para a época em que foi construído, mais conhecido como “Coleginho”, na Rua Brasil, próximo à Rua Minas Gerais, serviu como núcleo inicial do Colégio Nossa Senhora do Calvário, sede da Congregação Mariana e Escola Paroquial.

Ao ser construído junto com a Congregação Mariana dos Moços Católicos, era intenção de Padre Albino que ali futuramente pudesse ser instalada a sede da Diocese de Catanduva, tendo a igreja Matriz como Catedral.

A partir de 1936 o Coleginho passou a ser a sede da Ação Católica e no decorrer do tempo ali também as Irmãs Franciscanas Pobres, filhas de Santo Antônio, iniciaram uma escola infantil, posteriormente transferida para o São Francisco (Educandário Ortega Josué). O apelido “Coleginho” foi dado em decorrência dali ter nascido o Colégio Nossa Senhora do Calvário, que ao construir o seu enorme prédio nos altos do Higienópolis, tornou-se um “Colegião”.
Colegião – Colégio Nossa Senhora do Calvário

Uma das grandes iniciativas do Padre Albino foi a construção do “Colegião”, iniciada em 15 de outubro de 1927, completamente isolado, na parte alta do bairro Higienópolis, ocupando uma área de aproximadamente três alqueires. O terreno foi doado por Ricardo Lunardelli, Jeremias Lunardelli, Nazareno e Lourenço Donini e Pedro Celli.

Padre Albino então, procurando dar continuidade ao trabalho, propôs a continuação dele às irmãs da Congregação “Nossa Senhora do Calvário”, com apoio dos catanduvenses, da prefeitura e dele próprio para que assumissem a obra para manter ali o colégio para meninas. As irmãs aceitaram e vieram de Campinas para Catanduva, chegando no dia 03 de maio de 1932 e se acomodaram, em caráter provisório, no prédio que também servia de Casa Paroquial, na Rua Brasil esquina com a Rua Minas Gerais.

O Colégio Nossa Senhora do Calvário começou a funcionar em 1932, em regime misto (meninas e meninos). Foram inscritos naquele ano 98 alunos. A cada ano aumentava o número de alunos inscritos e as ações das Irmãs em Catanduva tomavam vulto, principalmente na catequização de crianças. Enquanto mantinham a escola, as irmãs também evangelizavam e alfabetizavam nos bairros, à noite, as moças carentes.

Em 1936 o prédio da Ação Católica já estava pronto e as irmãs ocuparam o Coleginho enquanto as obras do Colegião continuavam. A transferência se deu em 1947, com o prédio ainda não totalmente terminado. Em 1949 começou a funcionar o curso ginasial e no final de 1951 o primário masculino foi extinto, pois com o aumento de alunas na classe do ginásio, as salas que estavam prontas ficaram lotadas.

Em 1955 houve a consagração da capela, com um altar dedicado à Nossa Senhora Aparecida, com pintura na parede de autoria de Oscar Valzacchi. Novos pedidos feitos pelos pais e o curso colegial começou a funcionar a partir de 1971.
040 Pensionato Dom Lafayette
Pensionato Dom Lafayette | Jesus Adolescente

Dom Lafayette – Jesus Adolescente

No dia 13/03/1946 os leitores do “Catanduva Jornal” tomaram conhecimento de mais uma boa notícia. Monsenhor Albino Silva havia adquirido um prédio, na Rua Recife, esquina com a Rua Maranhão, para abrigar um pensionato para meninos estudantes. Nessa época Monsenhor Albino já sentia que a cidade havia crescido e que ele próprio, estava precisando de quem o auxiliasse. “(...) Procurava, pois, Monsenhor Albino uma Congregação Masculina que para aqui viesse encetar a obra projetada. Várias se apresentaram, porém, as condições não foram julgadas convenientes”.

Finalmente, por ocasião de sua ida à Europa, onde foi tratar dos interesses da família [1948], Monsenhor Albino levou a autorização do Bispo Diocesano para ir até Roma e procurar religiosos que fundassem aqui um pensionato, tomassem conta de uma paróquia criada há anos no Higienópolis e não provida por falta de sacerdotes. E ele conseguiu a vinda dos Padres da Doutrina Cristã, que chegaram a Catanduva em 14/11/1949. E assim, um velho casarão, antiga máquina de arroz, adquirida por Padre Albino por Cr$ 15000,00, passou a ser sede daqueles que aqui chegaram primeiro: padres Francisco Raspino, Orlando Visconti, Ernesto Ferrero, Sílvio Gasparollo, Hélio Lupano, José Valsânia e Giovanni Césare Cauda (padre César), aos quais se juntaram mais tarde Attílio Garrone, Francisco Balzola e Giovanne Albera.

E o velho casarão foi sendo reformado, contando com a decisiva colaboração da Congregação Mariana Feminina de Catanduva, que realizou várias quermesses para arrecadação de fundos. Logo, transformou-se em um Pensionato para abrigar jovens estudantes vindos das cidades vizinhas, sendo festivamente inaugurado em 08/04/1950, tornando realidade mais uma das boas iniciativas do Monsenhor Albino.

Em 1960 tinha início o Ginásio Dom Lafayette, que por volta de 1967 passava a ter prédio novo, de linhas modernas, obra do casal de arquitetos Drs. Luiz de França Roland e Maria Aparecida França Roland. Em 1969 o ginásio passou a aceitar também a presença das meninas e em 1973 tiveram início as classes do pré-primário.

Em 1988 a escola atingiu o número de mil alunos matriculados, cumprindo-se então uma promessa feita por Padre César: mudar de nome, passando a ser ‘’Colégio Jesus Adolescente’’.
 
021 28 07 1940 Primeira Missa Capela Sao Bento Vila Motta
(28-07-1940 - Primeira Missa Capela Sao Bento, Vila Motta)


Capela São Bento
A mais antiga das comunidades da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida tem seu pequeno templo na Rua 14 abril, com celebração eucarística todos os domingos, às 7h30. Reúne seus fiéis que se dedicam depois à catequese e a todo trabalho que a paróquia solicite. Às terças feiras, a pequena comunidade se reúne para a reza do terço.

A capela de São Bento, na Vila Mota, erguida em um terreno de 50x45 metros, teve sua primeira missa em 28/05/1940.

077 Asilo Lar dos Velhos
Asilo Lar dos Velhos
Lar dos Velhos - Recanto Monsenhor Albino

Entre as obras de grande importância social e religiosa de Padre Albino está o Lar dos Velhos. Fundado por volta de 1929, o Lar dos Velhos, localizado na Rua Maranhão, 1137, centro de Catanduva, atendia a homens, mulheres e crianças doentes ou abandonadas.

Sempre lotado, e por isso com dificuldades, o Lar era mantido através de doações da população. Com o passar do tempo foi se estabelecendo o perfil dos seus moradores: homens e mulheres com mais de 60 anos, doentes, carentes, que não tinham como prover sua própria subsistência ou tê-la provida por sua família.

Em 1988, a Fundação Padre Albino estava empenhada em construir um novo local para abrigar os idosos, em área maior, com instalações amplas e adequadas e área verde. Por isso, a Diretoria Administrativa e o Conselho de Curadores instituíram concurso público para escolha do nome a ser dado às futuras instalações e foi designada comissão para julgar os trabalhos inscritos no concurso formada pelas senhoras Maria Cecília Pinto Jorge, Olinda Cremonini, Maria do Carmo Espírito Santo Salim, Olga Maria Bicudo e Sonia Maria Corradi. Foram apresentadas 245 sugestões, dentre as quais a comissão deveria classificar três nomes. Em primeiro lugar ficou “Recanto Monsenhor Albino”, sugerido por três participantes – Alexandra Goldoni Pires, Goro Oyafuso e Fabíola Garcia Tódaro. O segundo colocado foi “Convívio de Amigos”, sugerido por Maria Cristina Castelo Mendonça, e o terceiro, “Recanto Coração Amigo, sugerido por Paula Renata C. Aguiar.

O prêmio estipulado era Cz$ 20.000,00 para o primeiro colocado, Cz$ 10.000,00 para o segundo e Cz$ 5.000,00 para o terceiro. Como foram três os classificados em primeiro lugar e caso o prêmio fosse dividido caberia a cada um Cz$ 6.666,67, menos, portanto, do que receberia o segundo colocado, a Comissão decidiu, de comum acordo com o presidente da Diretoria Administrativa, Dr. Theodoro Rosa Filho, premiar cada um dos que sugeriram o nome classificado em primeiro lugar com a quantia de Cz$ 15.000,00.

Em 30 de outubro de 1991, os membros da Fundação Padre Albino se reuniram em assembleia geral extraordinária para, entre outros assuntos, deliberarem sobre correspondência recebida do Lar Escola “Dona Anita Costa” que, em assembleia geral extraordinária realizada no dia 25 de setembro daquele ano, havia deliberado pela sua extinção e a destinação de seus bens remanescentes à Fundação Padre Albino, com o compromisso de assistir as crianças e adolescentes ali abrigados até o seu encaminhamento definitivo. Por unanimidade foi decidida pela aceitação da doação da área, de 10 alqueires, e formada comissão para estudar o assunto formada pelos conselheiros Jayme de Andrade Telles, Atídio Furlan e Dr. Alcy Gigliotti. Em 30 de outubro de 1991, a Fundação Padre Albino assumiu definitivamente o Lar, tendo o Dr. Alcy Gigliotti cuidado do encaminhamento dos menores internos, sempre à luz da Justiça e respaldo da Secretaria da Promoção Social.

Terminada essa fase, a Fundação Padre Albino decidiu que o local seria usado para abrigar os idosos, ampliando e melhorando o atendimento já feito. Começaria com os idosos do Lar dos Velhos que tinham condições de se locomover, para depois receber outras pessoas interessadas. No Recanto seriam atendidos idosos que podiam e os que não podiam pagar pela permanência, pois a Diretoria não queria mudar a filosofia de trabalho e atendimento iniciada por Padre Albino e que vinha sendo mantida. Nova comissão foi formada, tendo à frente o conselheiro Jayme de Andrade Telles, para cuidar das reformas e adaptações. Em 19 de dezembro de 1993 começaram as obras. Depois da reforma e adequação do local, o Recanto Monsenhor Albino foi inaugurado em 21 de dezembro de 1996.

Na inauguração, o conselheiro Padre Sylvio Fernando Ferreira disse que a Providência Divina está presente na Fundação Padre Albino.

- A mão de Deus está sempre presente. Temos que louvar e agradecer a Deus por este homem (Padre Albino) ter passado por Catanduva e deixado um rastro de construções e de instituições, que só mesmo um homem de Deus pode fazer, disse Padre Sylvio.

Na solenidade de inauguração foram feitas homenagens a pessoas e entidades que contribuíram com o trabalho de Padre Albino e da Fundação e às que ainda contribuíam na assistência aos idosos. A primeira e mais emotiva foi feita a D. Anna (Nenê) Junqueira de Carvalho Rangel, que trabalhou por mais de 50 anos como voluntária no Lar dos Velhos. D. Nenê, na época com 96 anos, fez questão de comparecer à homenagem.

Agradecendo a homenagem em nome da família, a Profª Nilza de Carvalho Rangel, filha da homenageada, lembrou-se do trabalho incansável de sua mãe, iniciado em 1946, na organização das festas do Lar, das campanhas que fazia a pé e do cuidado diário que tinha para com os idosos. Contou que D. Nenê fez curso de Enfermagem, passando a trabalhar com Padre Albino no atendimento aos tuberculosos, e que ela própria fazia os pacotes de presentes de Natal para os idosos. Decidida, D. Nenê, com artrose no joelho e impedida de andar, passou a fazer as campanhas por telefone. E o resultado foi o mesmo!

- No Natal e Ano Novo minha mãe, primeiro, ajudava a preparar e servir o almoço no Lar para depois se reunir com sua família, frisou Profª Nilza.

As outras homenagens foram feitas a D. Anita Costa, esposa do interventor federal no Estado, Dr. Fernando Costa, que muito ajudou na construção do Lar Escola; a Ricardo Lunardelli, um dos grandes colaboradores e braço direito de Padre Albino; a Irmã Maria Tarcísia, que administrou o Lar dos Velhos, e ao Rotary Club Catanduva, que possibilitou a transferência do então Lar Escola D. Anita Costa ao patrimônio da Fundação Padre Albino. No encerramento da solenidade, a Fundação Padre Albino prestou homenagem especial à Irmã Anália Nunes pelo seu trabalho junto ao Lar dos Velhos e a partir daquele dia no Recanto Monsenhor Albino.

O Recanto

Os idosos têm à disposição sala de recreação com tevê, biblioteca e um Centro de Terapia com salas para fisioterapia e sala para terapia ocupacional. Eles participam de aulas de ginástica, alongamento e dança, de caminhadas e jogos de boliche. Para orações e meditação há uma capela. Todos os pavilhões do Recanto Monsenhor Albino foram construídos separadamente, interligados por passarelas cobertas, para estimular a caminhada.

A equipe multiprofissional do Recanto Monsenhor Albino é formada por médico, nutricionista, terapeuta ocupacional, psicóloga, fonoaudióloga, assistente social, fisioterapeutas e enfermeiras.

A mudança

Em 05 de fevereiro de 2001, após muitos anos de ocupação e diante do mau estado geral do antigo prédio onde funcionava o Lar e, visando proporcionar melhor qualidade de vida aos idosos, a Diretoria Administrativa decidiu pela transferência do Lar dos Velhos para o Recanto Monsenhor Albino.
Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida

Os Padres Doutrinários chegaram a Catanduva em 1940 a pedido do Padre Albino, para auxiliá-lo nos trabalhos da Paróquia de São Domingos, que até então era a única do município, e também para organizar um pensionato de estudantes e iniciar trabalhos para a futura instalação de uma igreja no Higienópolis, já esperada pelos moradores daquele bairro da cidade, tendo inclusive até nome “Santuário Nossa Senhora Aparecida”.

            Como ainda não havia local determinado, os padres receberam alguns terrenos em doação no bairro São Francisco e lá iniciaram a construção do Seminário e de uma capela.

            No entanto, mais de uma centena de proprietários, comerciantes e outros moradores do Higienópolis fizeram uma representação ao prefeito municipal pleiteando a construção da igreja na Praça da Independência.

            O Bispo Diocesano, Dom Lafayette Libânio, em 25/05/1954, autorizou a criação da nova paróquia, que foi instalada no dia 22/08/1954, no mesmo dia em que se inaugurava o Seminário dos Doutrinários. Curiosamente, a cerimônia de instalação da paróquia ocorreu na capela do São Francisco, que fazia parte do território do Santuário, cuja sede era o Higienópolis.

            O primeiro pároco foi o Padre Sílvio Gasparotto, doutrinário, nomeado por Dom Lafayette em 05/07/1954 e empossado pelo Vigário Forâneo Monsenhor Albino. E uma das primeiras medidas do Padre Silvio foi a de encontrar terreno para a construção do Santuário, tendo-se em vista que o pedido feito para que se instalasse na Praça da Independência estava gerando forte polêmica na Câmara e pelos jornais. 

            Em 26/11/1954 o Sr. Joaquim Jorge Estevam e sua mulher D. Maria Jorge Estevam doaram à “Fábrica da Matriz de Catanduva, por seu fabriqueiro Monsenhor Albino Alves da Cunha e Silva (...) um terreno correspondente ao quarteirão circundado pelos futuros prolongamentos das ruas Espírito Santo, Benjamin Constant, Rio Grande do Norte e Marechal Deodoro, com área de 10.760,65 metros quadrados, situado na Vila Jorge” sendo que a “doação é feita afim de que a donatária construa ou faça construir no terreno dado a Igreja Paroquial do Higienópolis” ficando, entretanto, estabelecido na escritura que “se a donatária tal não cumprir, isto é, se ela não construir essa igreja, o terreno doado retornará a eles outorgantes, eis em que em tal hipótese a presente doação caducará.”. E foi o que de fato aconteceu porque pouco tempo depois houve uma decisão da Câmara e esse terreno, pelo que consta, é o mesmo onde está hoje instalado o Instituto do Cego.

            Depois de muitas discussões em plenário o projeto de lei que autorizava a construção do Santuário Nossa Senhora Aparecida na Praça da Independência foi aprovado por todos os vereadores, exceto um.

            Padre Sílvio organizou uma diretoria pró-construção, conseguindo recursos para o início da obra. O jornal “A Cidade” de 06/03/1955 divulgou que o Sr. Gentil de Ângelo, presidente da Comissão pró-construção, informava que “a elaboração do projeto do templo foi confiada ao arquiteto Benedito Calixto de Jesus Neto, neto do famoso pintor Benedito Calixto, autor das telas da Matriz de São Domingos.

            No dia 08/09/1955, ao entardecer, saía da Matriz uma grande procissão, levando um cruzeiro e a imagem de Nossa Senhora Aparecida, em direção à Praça da Independência onde, sobre os alicerces, o cruzeiro foi plantado. No dia 10/10/1955 o Pe. Sílvio comprava em nome dos Padres Doutrinários uma casa situada na rua Santa Catarina, em péssimo estado de conservação, para ser a futura Casa Paroquial. 

            Enquanto a construção ia tomando forma, Padre Sílvio não descuidava da parte espiritual e para isso continuava utilizando como sede provisória a Capela de São Francisco onde se realizavam as missas, batizados, casamentos e outras atividades religiosas.

            Em 08/08/1956, em uma das paredes que estavam sendo levantadas, foi colocada, em ato solene, uma Pedra Relíquia, trazida de Roma, com a seguinte inscrição em latim, assim traduzida livremente: “Esta pedra foi extraída dos alicerces da Basílica de São Pedro. Foi doada e benta pelo Santo Padre Papa Pio XII ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida de Catanduva para que seja penhor de grandeza, felicidade e santidade”.

            Os trabalhos continuavam, as campanhas prosseguiam e a igreja ia tomando forma definitiva. Com a parte da construção quase toda pronta, o prefeito municipal Antonio Stocco remodelou completamente a Praça da Independência, seguindo o projeto elaborado pelo arquiteto Dr. Luiz de França Roland, em 1962.

            O jornal 14 de Abril, n°1, de 14/04/1963, dava as seguintes informações: “O templo abrange uma área de 1.500m², por 16 metros de altura. O forro, uma verdadeira obra de bom gosto e arte, pois será em caixetões em relevo, trabalho feito em diversas madeiras, como imbuia, marfim e cedro rosa. Esse forro em estilo basilical, contará com quatro trabalhos em alto relevo de dois metros quadrados cada um e no centro o emblema da Congregação dos Padres Doutrinários da doutrina cristã (...) O Santuário de Nossa Senhora Aparecida é a Matriz da Paróquia do mesmo nome”.

            A segunda paróquia da cidade, sob a invocação da Padroeira do Brasil, foi criada por Decreto de Dom Lafayette Libânio em 25 de maio de 1954. Antes da construção do Santuário, a nova Paróquia funcionava na igreja de S. Francisco, anexa ao Seminário ‘’Padre César Bus’’ dos padres Doutrinários (...)

            O campanário (sinos do Santuário) pesando 3.000kg foi inaugurado em 09/07/1978.

            Em 2000, o mundo todo celebrou o Ano Santo Jubilar e, dentro da Diocese de Rio Preto, o então Bispo D. Orani Tempesta designou o Santuário Nossa Senhora Aparecida como um dos locais de peregrinação durante todo o ano. A partir do ano 2000, com a criação da Diocese de Catanduva, passou a ser também a Sé Catedral.

 

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